Dores de amor antigo
Eu queria poder falar.
Sobre filas de cinema,
Sorrisos à toa no parque num sábado de sol,
De telefonemas sem atendimentos.
Eu queria, por uma vez,
Reviver um resquício de passado.
Como nova vida,
Possibilitada por uma amnésia repentina.
O cheiro, o perfil num quarto escuro.
Uma mão com o meu cheiro.
Um corpo que te guarda e
Apropria.
Crueldade minha, não querer que me apropriassem?
Crueldade nossa, não nos permitir uma amnésia?
O dia mais rápido do que antes.
Lágrimas ao invés de suor.
Até onde vale o orgulho?
Até quando valem as palavras das nossas avós e das nossas mães?
Quando ouvir o outro e quando ouvir a si?
Quando despejar vontades e quando calar a boca?
Quase me desconheço
Pinceladas de risos na memória.
Sim, é possível tentar mais um pouco.
Mas, as chances serão sempre infinitas?
(maio/jun - 2007)
domingo, 11 de novembro de 2007
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2 comentários:
tenho um pouco de medo quando autores enraizados na prosa resolvem fazer poesia...mas por se tratar de uma prosa poetica...e de uma não leitora assumida de poemas, achei surpeendente. foi bom ler, foi bom...sempre é bom ver seus tiros no escuro na literatura, são sempre melhores que aqueles que vc dá a luz das primaveras...
Diana Tavares
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